A nave de Ultraman se choca com a nave pilotada pelo tenente Hayata; para salvar a vida do terráqueo, Ultraman se une a ele e os dois passam a combater juntos os monstros que ameaçam o planeta, isto é, sempre que a coisa aperta, Hayata se transforma no gigante e cai na porrada com os inimigos.
Hayata faz parte da SIA, uma agência que trata de problemas incomuns e geralmente interplanetários, e ao longo dos episódios a SIA e Ultraman se deparam com as mais variadas e absurdas criaturas colossais, criaturas essas que freqüentemente causam mortes incontáveis e prejuízos impagáveis.
A série é cheia de fantasias toscas, argumentos estapafúrdios, incoerências, ritmos irregulares, a impressão que tive é de que a produção foi pra lá de bagunçada, mas subsiste nela um pouco do rútilo heróico tão saudável ao espírito humano; além disso todos os membros da SIA, apesar de quase sempre aparecerem como personagens monocromáticos, são carismáticos — Akiko, então, além de simpática é um descanso aos olhos; é por isso que o negócio é assistível.
“Ultraman” se tornou um enorme sucesso no Japão e conta com novas séries até hoje. Apesar do programa não fazer meu estilo, muito provavelmente darei mais uma chance ou duas para a franquia.
*
Bragança Paulista, 2021