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“Ronsard descobriu o que um poeta maior — o parisiense Villon — ignorara: a paisagem francesa. E se ele povoou a Touraine de ninfas e faunos que os mortais comuns lá não distinguem, Ronsard poderia responder com as palavras de Corot, quando censuraram ao pintor o pouco realismo das suas paisagens: ‘Não viu as ninfas? Eu as vi'”.
“O Renascimento e a Reforma por Carpeaux”, edição da Leya
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É como eu já disse, não dá pra não pegar carinho pelo Carpeaux. O final d’um parágrafo a respeito da obra maior de Spenser, é assim: “É o reino da imaginação mais arbitrária, como um último produto da fantasia medieval, ou então do gótico flamboyant.” No parágrafo seguinte: “Spenser é artista consciente num grau muito maior. A sua criação não é arbitrária”
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Taí um modo peculiar de enxergar o sol nascente:
“Naquele dia, quando acordaram e abriram a veneziana, viram o sol subindo do mar, vermelho como fogo com nuvens em volta da cabeça, como se tivesse tomado um banho frio e estivesse se secando com toalhas”
Tolkien, em “Roverandom, tradução de Waldéa Barcellos